Autores
Cleisy Ferreira do Nascimento
Resumo
RESUMO:
Foram utilizados 118 animais (62 machos e 56 fêmeas) Nelore com o
objetivo de avaliar as relações existentes entre os parâmetros sanguíneos, características
de desempenho, eficiência alimentar e as classes de consumo alimentar residual (CAR).
O CAR foi obtido através da diferença entre o consumo de matéria seca (CMS) observado (voluntário) e o predito, por meio da regressão do CMS observado em função do peso vivo metabólico e ganho médio diário Os animais foram classificados em:Baixo CAR ((< média - 0,5 DP), em que: ( Fêmeas n= 19 e Machos n= 21)); Médio
CAR ((± 0,5 DP da média), em que: (Fêmeas n= 21 e Machos n=21)) e Alto CAR ((>
média + 0,5 DP), em que (Fêmeas n= 16 e Machos n=20)). Foram obtidas amostras de
sangue dos animais por meio de venopunção da veia jugular, para efetuação de hemograma completo, determinação de níveis séricos de plaquetas, aspartato amino
transferase (AST), proteínas totais (PT), creatinina e análises bioquímica de Glicose,
Ureia, Triglicerídeos , Cortisol , Insulina e IGF-1. O CMS em kg. d-1, consumo de
matéria seca por peso vivo metabólico (CMSPV0,75) e consumo de matéria seca por
porcentagem do peso vivo (CMSPV) , foram diferentes entres as classes de CAR (P <
0,01), sendo menor em animais baixo CAR. Não foram encontradas diferenças
estatísticas (P > 0,10) para conversão alimentar (CA), eficiência alimentar (EA), taxa de
crescimento relativo (TCR) e taxa de Kleiber (TK) entre as classes de CAR. A
eficiência parcial de crescimento (EPC) foi superior em animais de baixo CAR. Em
relação ao sexo foram encontradas diferenças (P < 0,01) para as variáveis peso vivo
inicial, peso vivo final e peso vivo metabólico, sendo todos os valores superiores para
machos. Não foram encontradas diferenças (P > 0,10) para Glicose, Ureia, Creatinina,
Triglicerídeos, proteínas totais e Aspartato aminotransferase entre as classes de CAR.
Foram encontradas diferenças para Triglicerídeos entre sexos, onde as fêmeas
apresentaram valores superiores em relação aos machos. Foram encontradas diferenças
significativa para insulina e IGF-1 (P < 0,10) entre as diferentes classes de CAR, sendo
maior em animais baixo CAR. Foram encontradas diferenças (P < 0,01) para a relação
Glicose: Insulina, sendo esta maior para animais menos eficientes. Foram encontradas
diferenças (P < 0,10) para volume corpuscular médio (VCM) entre os sexos, sendo a
concentração sérica maior nos machos. Os leucócitos, seguimentados e linfócitos foram
superiores para os machos. Foi encontrada uma correlação negativa entre Insulina e
CAR, enquanto que a relação Glicose: insulina com o CAR foi positiva. Animais baixo
CAR apresentaram menores valores de proteínas totais e aspartato aminotransferase. O
CAR é independente dos parâmetros de desempenho e a seleção de animais mais
eficientes na utilização de alimentos através desta medida não acarretará prejuízos ao
desempenho dos animais. Os mecanismos de crescimento e desenvolvimento são
diferentes entre as classes de CAR, animais eficientes possuem maiores concentrações
de insulina e IGF-1, atuantes nos mecanismos de fome e saciedade. O perfil metabólico
dos animais é alterado de acordo com a idade e animais baixo CAR são mais eficientes
em relação ao metabolismo protéico.
Palavras-chave: crescimento, eficiência alimentar, hormônio, metabólitos
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