Autores
Ana Carolina Lopes Batista
Resumo
O manejo do pastejo com uso de altura do dossel pode influenciar o valor nutritivo da forragem
e o desempenho animal. O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto de alturas do dossel
forrageiro no valor nutritivo da forragem e desempenho de ovinos em pastos multiespécies. Os
pastos foram formados de capim Aruana [Megathyrsus maximum Syn. Panicum maximum)
Jacq. cv. Aruana] e leguminosas: Macrotyloma [Macrotyloma axillare E. Mey (Verdc) cv.
Java], Calopogônio (Calopogonium mucunoides Desv.) e Estilosantes cv. Campo Grande
(Stylosanthes macrocephala + Stylosanthes capitata) e manejados sob lotação continua e taxa
de lotação variável. Os tratamentos correspoderam a quatro de altura do dossel forrageiro de
15, 30, 45 e 60 cm em delineamento em blocos casualizados com quatro repetições totalizando
16 unidades experimentais (piquetes de 500m2
). Os resultados foram agrupados nos períodos
Final de Verão1 (FV1), Outono (OUT), Início do Verão (IV) e Final do Verão2 (FV2). A análise
de variância foi realizada pelo PROC MIXED do pacote SAS (P<0,05) e o teste de médias pelo
teste “t” de “Student” (P<0,05). A massa de forragem total foi superior nos pastos mais altos
(45 e 60 cm). A proporção de leguminosas nos pastos aumentou ao longo do período
experimental com maiores valores no FV2, enquanto no OUT houve maior proporção de
leguminosas na simulação de pastejo. Pastos de 15 cm apresentaram maior teor de proteína
bruta. O ganho de peso médio diário foi superior no IV em relação ao FV2. A taxa de lotação
foi inferior nos pastos de 60 cm. Pastos de capim Aruana e leguminosas forrageiras podem ser
manejados de 15 a 45 cm sob lotação continua com ovinos.
Íntegra (PDF)