Autores
ANA LAURA RODRIGUES LOURENÇO
Resumo
O presente estudo teve como objetivo avaliar a eficácia de diversas combinações de aditivos na
fermentação ruminal, utilizando um sistema in vitro de produção de gás. Foram testados o
extrato de planta de canela, a monensina e a virginiamicina, tanto isoladamente quanto em
diferentes combinações para analisar suas interações e efeitos. Os 5 tratamentos estabelecidos
incluem o I) Controle negativo (T1); II) Monensina (T2); III) Combinação de extrato de plantas
(T3); IV) Monensina e combinação de extrato de plantas (T4); V) Monensina, combinação de
extrato de plantas e Virginiamicina (T5). A dieta basal utilizada foi composta por farelo de
milho, farelo de soja, feno, silagem de milho e ureia, simulando as condições de confinamento
para bovinos em terminação, caracterizada principalmente por um alto teor de concentrado
(85%) e uma pequena proporção de volumoso (15%). O delineamento experimental adotado foi
o delineamento inteiramente causalizado (DIC), com tratamentos distribuídos aleatoriamente
entre os grupos. A coleta de dados ocorreu ao longo de um período experimental de 31 dias,
com adaptação dos animais doadores (conteúdo ruminal) e preparação das dietas nos primeiros
21 dias, seguidos pelo ensaio de produção de gases in vitro ao longo dos dez dias subsequentes.
Nas análises estatísticas foi utilizado o método de Tukey para comparar médias entre diferentes
tratamentos. Diferenças estatística foram consideradas com um nível de significância de P ≤
0,05, enquanto valores de P entre 0,05 e 0,10 indicaram uma tendência. Os resultados indicaram
que a monensina foi eficaz para reduzir as emissões de metano em comparação com a dieta
controle. O tratamento T5 também se mostrou eficaz na redução de metano em comparação com
a dieta controle (T1) (P < 0,05). A monensina isolada (T2) ou em combinação foi eficaz para
reduzir a relação acetato: propionato em comparação com a dieta controle (P < 0,05). No
entanto, o tratamento com apenas adição de Extrato de planta (T3) aumentou a concentração de
amônia em comparação com todos os outros aditivos e o T1 (P< 0,05). O tratamento T5
(monensina + extrato de planta + virginiamicina) demonstrou os melhores resultados em termos
de digestibilidade e redução de gases metano e CO2. Esses resultados sugerem que a
combinação de aditivos pode otimizar o desempenho produtivo ao ajustar os padrões de
fermentação ruminal. As mudanças na composição dos microrganismos ruminais promovem
uma digestão mais eficiente, reduzindo as perdas de energia e a emissão de gases nocivos,
evidenciando o potencial dessas combinações na formulação de dietas para bovinos.
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