Autores
Raquel de Oliveira Andrade
Resumo
O estudo avaliou o impacto do enriquecimento ambiental no desempenho, saúde e
comportamento de bezerras leiteiras durante o aleitamento, criadas individualmente em
gaiolas suspensas. Foram analisadas 20 bezerras Holandesas com idade de 3 a 75 dias,
divididas em dois grupos: controle (C) e enriquecimento ambiental (EA), que incluiu
escovas fixas e rodízio de objetos (bola, corrente plástica e bola com som). O desempenho
foi avaliado aos 3, 30, 60 e 75 dias. A consistência fecal e registros de enfermidades e
medicamentos foram registrados diariamente. A frequência cardíaca foi avaliada aos 7,
35 e 75 dias de vida. O comportamento das bezerras foi registrado continuamente por
meio de gravações de vídeo, iniciadas no momento da introdução dos objetos de
enriquecimento e estendendo-se por um período de 48 horas consecutivas e, devido a
dificuldades encontradas ao longo das observações, 1.179 horas de vídeo totais foram
analisadas. O enriquecimento não afetou as variáveis de crescimento das bezerras, mas
melhorou a conversão alimentar na fase total do aleitamento. As bezerras do grupo
enriquecido tiveram menor escore de fezes nos primeiros 30 dias de vida, indicando uma
diminuição na incidência de diarreia e reduzindo os custos com medicamentos. O
ambiente enriquecido aumentou a frequência cardíaca das bezerras devido ao aumento de
atividades de comportamento de interação com os objetos lúdicos. As bezerras
apresentaram uma preferência geral de interação com o coçador, exceto quando
apresentado em conjunto com a corrente. O enriquecimento ambiental para bezerras em
aleitamento melhorou a conversão alimentar, reduziu a incidência de diarreia e os custos
com medicamentos, além de estimular comportamentos positivos de interação. Os
resultados indicam benefícios para o bem-estar, reforçando a eficácia dessa estratégia em
sistemas de criação individual.
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